Sal e sódio: qual a diferença?
Olá pessoal!
Outro dia eu estava lendo algumas notícias e me deparei com uma que com certeza vai gerar muita discussão e polêmica: entrou em vigor uma lei estadual que proíbe bares e restaurantes do Espírito Santo de deixarem o sal de mesa exposto e acessível aos clientes. Os donos dos estabelecimentos não gostaram e alegaram que tal medida, além de não resolver o problema, irá tumultuar o atendimento, já que quem quiser sal deve pedir ao garçom.
Como toda história tem dois lados, vou analisar alguns pontos e darei minha opinião sobre o assunto (se quiser, deixe a sua nos comentários!).
Sal de cozinha versus Sódio
Vamos começar com o básico. Muitas pessoas confundem sal com sódio, e na verdade são duas coisas distintas. Entender o que é cada coisa facilitará sua compreensão.
O sódio é o sexto elemento mais abundante da Terra e é encontrado naturalmente nos alimentos. É fundamental para o bom funcionamento do organismo: ele equilibra o nível de água nas células, estimula impulsos nervosos e contrações musculares, inclusive do coração, além de controlar o volume de sangue, o que faz dele um mineral essencial para a saúde do sistema cardiovascular.
O sal de cozinha nada mais é que a combinação do cloreto + sódio. Ele é composto por 40% de sódio e 60% cloreto, em média. No passado os hipertensos tinham ordem expressa para eliminar por completo o sal da dieta. Porém, hoje sabemos que seus minerais são muito importantes para a saúde e a falta deles pode levar a alguns problemas, como a fadiga adrenal (leia mais sobre isso AQUI).
***LEMBRE-SE: 1 grama de sal = 400 mg de sódio***
O consumo de sódio aumentou drasticamente quando as pessoas passaram a comer mais alimentos industrializados do que naturais: alimentos em conserva, embutidos, enlatados, bolachas, salgadinhos de pacote, miojo… Tudo isso precisa de sódio para que durem mais tempo na prateleira. Com a correria do dia a dia, muitos buscam praticidade mas esquecem da qualidade do que estão colocando dentro do corpo. O problema SEMPRE está no excesso! É AÍ QUE ESTÁ O PROBLEMA!
Quando o problema aparece?
Cerca de 60% das pessoas apresentam uma sensibilidade exagerada ao sal. Esses organismos acumulam sódio com mais facilidade, retêm líquidos em excesso e são fortes candidatas à hipertensão e problemas cardiovasculares. Para vocês terem uma ideia, a cada 9 gramas de sal ingerido o corpo retém 1 litro de água!
Os mais sensíveis são geralmente homens acima de 65 anos, mulheres, pessoas com familiares sensíveis ao sódio ou portadores de diabetes.
Quanto de sódio e sal devo consumir por dia?
Antes a recomendação era de, no máximo, 5 gramas de sal por dia, o que equivale a 2000 mg de sódio. Agora a recomendação, segundo a Organização Mundial da Saúde, é de MENOS de 2000 mg de sódio por dia. Isso equivale a MENOS de uma colher de chá rasa ou MENOS que 5 saquinhos de sal desses que servem em restaurantes. Algumas estimativas mostram que a população consome, em média, 12 gramas de sal por dia. Ou seja, mais que o dobro recomendado.
***NOVA RECOMENDAÇÃO: MENOS de uma colher de chá rasa ou MENOS que 5 saquinhos de sal desses que servem em restaurantes***
Retirar o sal de cozinha resolve ou previne o problema?
Não basta retirar o sal de cozinha para controlar a ingestão de sódio. A qualidade, a quantidade e a frequência do consumo de certos alimentos são itens que precisamos considerar quando se fala de PREVENÇÃO, pois grande parte dele vem do excesso de alimentos processados e embalados.
Não adianta você deixar de consumir sal nos alimentos e comer alimentos industrializados em excesso, entendeu?
Ao escolher esses alimentos, dê uma olhada no rótulo: os que apresentam mais de 480 mg/sódio por porção devem ser evitados. E fique de olho, pois o sódio está escondido por trás de outros nomes como glutamato monossódico, MSG, citrato de sódio, nitrato de sódio, bicarbonato de sódio e benzoato de sódio.
Acho que essa lei é uma medida bem radical e mostra que o excesso do consumo de sal virou um problema de saúde pública. Será que vai ajudar? Pode ser. Se o destaque que isso tudo teve na mídia servir para conscientizar as pessoas dos “abusos” cometidos na alimentação, está valendo. Muitos ao não verem o sal na mesa podem “esquecer” de adicionar mais na comida, o que seria muito bom. Porém podem compensar em outra refeição em casa, já que nosso paladar se acostuma com tudo e sente falta dos excessos. Nesse caso, a lei não serve para nada!
Ou seja pessoal, tudo vai depender do conhecimento e consciência de cada um. TODOS nós sabemos que os excessos são prejudiciais a saúde e a vida, mas muitos não têm a consciência do mal que podem fazer a própria saúde e vivem de modo automático, esperando algo acontecer e “empurrando os sintomas e problemas de saúde com a barriga”.
Sei que se conselho fosse bom a gente não dava, e sim vendia, mas preciso te dizer algo: não desperdice sua saúde ou sua vida. Os dias estão passando na velocidade da luz, por isso vamos aproveitar e nos cuidar da melhor maneira possível para ter uma boa qualidade de vida e se sentir bem. Cada dia é uma nova oportunidade para ser feliz! Viva bem, feliz, sem restrições ou neuroses… Literalmente sem uma HIPER tensão!
Boa semana!
Com amor e saúde,
Giovana Morbi
Olá Giovana, o sal marinho é realmente melhor?
Oi Deborah!
Ele possui mais sais minerais que o sal refinado, mas deve ser utilizado com moderação também.
Um beijo,
Giovana Morbi
Olá Giovana, vi uma palestra de um nutrólogo falando para tomar água com sal do himalaia ou sal integral, um colher de café em 1 litro de água, que isso faria bem a saúde devido os minerais. Isso é verdade?
É verdade Osório! Essa água pode ajudar em tratamentos para falta de disposição, etc. Beijos!