Anorexia nervosa e bulimia…qual a diferença?

Tenho reparado muito como o assunto ANOREXIA tem sido citado em redes sociais e quero deixar claro o quanto esse assunto é importante e delicado. Não deve ser tratado com “descaso” e muito menos “frescura”.

O quadro de anorexia nervosa geralmente se inicia em mulheres jovens, na idade dos 14 aos 18 anos, embora existam relatos de início pré-puberal e também após os 25 anos. Mais de 90% dos casos ocorrem em mulheres, porém esses valores têm mudado. A anorexia acomete homens também. O início da doença acontece com uma restrição dietética progressiva. A pessoa vai deixando de comer alimentos que julga “engordantes”, geralmente os carboidratos. Ela passa a viver em função da dieta, comida, peso e forma corporal. Acorda e dorme pensando nisso: “Como irei reduzir mais a quantidade de comida?”. Não pense que pela falta de comida, ela deixa de fazer exercícios. Já vi casos em que a pessoa não comia nada, mas tirava forças não sei de onde para fazer 2 horas de esteira. O medo de engordar é uma característica central da síndrome anoréxica, que muitas vezes serve como critério diferencial para os outros tipos de anorexias secundárias, as doenças clínicas e psiquiátricas. Para deixar claro: essa síndrome chama-se anorexia nervosa, pois o termo anorexia significa “perda de fome”. Não é o caso. As anoréxicas têm fome. Elas apenas deixam de comer.

As consequências disso são graves, entre elas, a desnutrição, perda de massa magra, arritmias cardíacas, ciclo menstrual desregulado.

A bulimia ocorre na maioria das vezes em mulheres de 20 a 30 anos, porém a faixa etária parece ser um pouco mais tardia que a anorexia, embora essas pacientes demorem anos para relatar sua conduta, por se mostrarem envergonhadas ou por não desejarem abandonar a prática. Diferente da anorexia nervosa, pessoas com bulimia comem grandes quantidades compulsivamente e depois induzem o vômito, acreditando que dessa forma não engordarão. Pessoas com a doença , escondem o problema durante muitos anos e quando procuram ajuda esse hábito já está enraizado, tornando a solução do problema um pouco mais complicada. Uma das consequências desses episódios repetidos é inflamação do esôfago, abrasões do esmalte dentário, desidratação, entre outros. Uma das principais características da doença é o sentimento de culpa após a ingestão de grandes quantidades de alimentos. Por esse motivo, é comum uma forma de purgação (ou castigo), como exagerar em atividade física ou até mutilação.

O que eu acabei de falar é muito sério. Pessoas que sofrem dos transtornos citados devem procurar ajuda. Na maioria dos casos, a atitude de procurar um profissional parte de algum familiar.

Se possui alguém na família com esse tipo de problema, ajude! Não julgue. Isso é uma doença e precisa ser tratada. Não é frescura. Pode ter certeza.

PS: Não colocarei imagens nesse post por respeito às pessoas que passam por essa situação.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.