Como escolher o seu adoçante

Olá pessoal!

Quem decide mudar os hábitos alimentares sempre começa a fazer substituições na alimentação por conta própria. Isso não é legal, pessoal. O que é bom para seu colega, pode ser bem ruim para o seu organismo ou vice-versa. Para saber qual o melhor tipo de alimento para o seu corpo é necessário consultar um nutricionista, que estudou quatro anos sobre o assunto e estuda todos os dias para levar o melhor aos seus pacientes. Não ache que o nutricionista é um profissional dispensável… Somos a parte mais importante de QUALQUER tratamento. Se a alimentação está equilibrada e adequada, toda e qualquer condição se torna mais fácil de tratar.

Entre as substituições mais comuns está o açúcar pelo adoçante. Mas aí surge a dúvida? Será que o adoçante é ruim?! Será que pode me dar câncer? A mídia fez um belo desserviço ao “abominar” o adoçante e deixou a população mais confusa e cheia de paranoias a respeito do assunto. Hoje vamos falar sobre todos os tipos de adoçante e esclarecer suas dúvidas a respeito disso… Acompanhe!

Os adoçantes surgiram como um “respiro” aos diabéticos, que precisavam de algo para adoçar suas bebidas e preparações sem se preocupar com a taxa de açúcar no sangue. Por possuir baixo valor energético, passou a ser consumido por quem desejava perder peso e se tornou um produto muito popular.

São produzidos a partir de substâncias naturais ou artificiais com sabor doce e dependendo de seu poder adoçante, acentuam ainda mais esse sabor nos alimentos. Os adoçantes naturais geralmente são extraídos de plantas, enquanto os artificiais são produzidos em laboratório e passam por processos industriais. Além disso, são adicionados de lactose e água, que dão consistência ao produto, tornando-o mais espesso. Quem tem intolerância à lactose (açúcar natural do leite) pode ficar tranquilo (a): a quantidade de lactose é muito baixo, menos que 1/2 copo de leite sem lactose, para terem uma ideia. Por isso, apenas pessoas com um grau muito elevado de intolerância à lactose devem se preocupar com isso.

Todos os produtos que encontramos no mercado foram aprovados e considerados seguros pela Anvisa ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela FDA, órgão regulamentador internacional. Escolher entre tantas opções depende apenas do seu paladar. Existem pessoas que não se adaptam a determinados sabores. Por exemplo, a estévia é um excelente adoçante, extraído de uma planta, natural, mas muitos não toleram o seu sabor residual considerado um tanto quanto  amargo. Eu, Giovana, já não sinto esse amargo, portanto isso varia muito de acordo com o paladar da pessoa.

Outro fato que devemos ficar atentos é quanto a quantidade de sódio dos produtos, pois algumas marcas podem apresentar uma quantidade maior que outras. Como todos já sabem, sódio em excesso faz mal à saúde e pode levar a hipertensão. Pacientes hipertensos devem moderar o uso de adoçantes artificiais por esse motivo e devem sempre consultar os rótulos, combinado?

 Eu deveria substituir o açúcar pelo adoçante?

Primeiro, açúcar em excesso não é bom para saúde. Sim, você leu a palavra EXCESSO. Indivíduos saudáveis e que não necessitam reduzir o peso, não precisam necessariamente fazer essa troca. A recomendação geral é de no máximo 2 colheres de sopa por dia. Porém, a grande maioria das pessoas extrapola a quantidade facilmente. Adicionam açúcar em cafés, chás e sucos ao longo do dia, fora as preparações doces que aparecem no meio do caminho, como bolos, chocolates e biscoitos. De café em café, você acrescenta mais de 400 calorias ao seu dia e isso dá uma diferença e tanto na balança no fim do mês, pode apostar. Um paladar acostumado ao sabor doce, se torna cada vez mais viciado na substância e esse vicio pode levar a muitos problemas: resistência a insulina, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, problemas renais, oculares, hepáticos… Acho que não vale a pena você correr esse risco, certo? Pense em sua saúde! Depois que o problema aparece fica muito mais difícil tratar. Prevenção é a solução!

De café em café com açúcar durante o dia: 400 calorias a mais. No fim do mês você confere o resultado na balança!

Vamos conhecer os tipos de adoçante! Conhecendo um pouco mais sobre cada um, fica mais fácil fazer sua escolha, certo?

Adoçantes artificiais

CICLAMATO

O ciclamato é derivado do petróleo e possui um sabor bem parecido com o açúcar. Apresente um leve sabor residual.

  • Poder adoçante: 40 vezes mais que o açúcar, por isso deve ser usado em menor quantidade em receitas.
  • Quem pode consumir? Qualquer pessoa.
  • Onde? Em bebidas, geleia, sorvete, gelatinas.
  • Ingestão diária aceitável: 11 mg por quilo de peso por dia. Ou seja, se você pesa 70 quilos: 70 x 11 mg = 770 mg por dia de adoçante. Cá entre nós, é MUITO adoçante. Dificilmente uma pessoa alcança a ingestão diária aceitável, portanto, sem neurose!

ACESSULFAME-K

Com alto poder adoçante, se usado em grandes doses pode deixar sabor residual amargo.

  • Poder adoçante: 200 vezes maior que o açúcar, por isso deve ser usado em menor quantidade em receitas.
  • Quem pode consumir? Qualquer pessoa.
  • Onde? Pratos quentes e frios.
  • Ingestão diária aceitável: 15 mg/kg/dia. Vamos utilizar o exemplo da pessoa de 70 Kg: 70 x 15 = 1.050 mg. É MUITO adoçante minha gente!

ASPARTAME

Essa substância é proveniente da combinação dos aminoácidos fenilalanina e ácido aspártico.

  • Poder adoçante:200 vezes maior que o açúcar, por isso deve ser usado em menor quantidade.
  • Indicação: qualquer pessoa pode consumir. Fenilcetonúricos devem evitar esse tipo de adoçante.
  • Onde? Não deve ser levado ao fogo, mas pode ser utilizado em bebidas quentes. Pode ser usado em receitas de sobremesas frias e produtos lácteos.
  • Ingestão diária aceitável: 300 gotas ou até 60 sachês.

SACARINA

Possui sabor residual amargo e metálico, pois contém muitas impurezas (evite).

  • Poder adoçante: 500 vezes maior que do açúcar.
  • Indicação: qualquer pessoa pode consumir.
  • Onde? Pratos quentes ou frios.
  • Ingestão diária aceitável: 50 gotas ou até 10 sachês.

SUCRALOSE

Não tem sabor residual e possui sabor semelhante ao açúcar refinado.

  • Poder adoçante: 400 a 800 vezes maior que açúcar.
  • Indicação: qualquer pessoa pode consumir.
  • Onde usar: resiste a altas temperaturas. Muito utilizado em receitas diversas, bebidas…
  • Ingestão diária aceitável: 300 gotas ou até 60 sachês.

Adoçantes naturais

ESTÉVIA

Esse adoçante é proveniente das folhas da Stevia Rebaudiana Bertoni, planta originária da América Latina. Vantagem: não fermenta e não causa cáries. Apresenta sabor doce prolongado. Algumas pessoas sentem um forte sabor residual amargo, mas isso varia muito de acordo com o paladar do indivíduo.

  • Poder adoçante: 100 a 300 vezes maior que o açúcar.
  • Indicação: qualquer pessoa pode consumir. Fique atento e escolha marcas com 100% de estévia.
  • Onde usar: resiste a altas temperaturas. Muito utilizado em receitas diversas, bebidas…
  • Ingestão diária aceitável: 40 gotas ou até 20 sachês.

FRUTOSE

Açúcar proveniente das frutas e mel, sem reações químicas. Tem sabor doce acentuado e não deixa sabor residual.

  • Poder adoçante: 173 vezes maior que o açúcar.
  • Indicação: qualquer pessoa pode consumir.
  • Onde usar: pratos quentes e frios. Quando aquecida, a frutose carameliza e dá liga a receitas, sem perder o poder adoçante.
  • Ingestão diária aceitável: 50 gotas ou até 10 sachês.

SORBITOL

Tipo de álcool extraído das frutas. Possui uma absorção mais lenta que a glicose e frutose, e assim não altera muito a glicemia. Não fermenta, não é tóxico e não causa cáries. Sabor semelhante ao açúcar.

  • Poder adoçante: 200 vezes maior que o açúcar.
  • Indicação: qualquer pessoa pode consumir.
  • Onde usar: pratos quentes e frios. Pode ir ao fogo, mas não por tempo prolongado.
  • Ingestão diária aceitável: até 20 gramas por dia. Geralmente é comercializado com outras substâncias.

MANITOL

Extraído de frutas e algas marinhas. Não fermenta, mas em excesso pode ter efeito laxativo. Seu sabor é semelhante ao açúcar comum.

  • Poder adoçante: 70% maior que o açúcar.
  • Indicação: qualquer pessoa pode consumir. Diabéticos devem evitar, pois esse tipo de adoçante é parcialmente convertido em glicose. Não chega a causar hiperglicemia, mas é melhor evitar, certo?
  • Onde usar: pratos quentes e frios.
  • Ingestão diária aceitável: Não tem quantidade especificada.

Não falei sobre TODOS os tipos, mas esses são os mais conhecidos e espero ajuda-los de alguma forma. Querendo ou não, pessoal, o adoçante é uma substância artificial e deve ser consumida com consciência.

Com amor e saúde,

Giovana Morbi

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.