Qual óleo devo usar na cozinha?

Olá pessoal,

Como foi o seu final de semana? Espero que tenha sido ótimo!

Bom, vamos começar com um assunto que virou polêmica na semana passada: qual o óleo mais saudável para você usar na cozinha? O assunto rendeu e os protagonistas dessa discussão foram o óleo de coco e o óleo de canola, por isso vou falar mais deles, certo?

Na área da saúde há muita divergência e cada profissional possui uma linha de conduta. Hoje vou colocar meus pontos de vista e no final, peço que você pesquise mais sobre o assunto e tire suas próprias conclusões, afinal ninguém é “dono da verdade” e o que faz mal a você, pode ser benéfico para outra pessoa. Porém vou me atentar a fatos comprovados cientificamente. Não sou paga e nem patrocinada por nenhuma empresa. Meu único interesse com esse site, onde eu mesma escrevo absolutamente tudo três vezes por semana, é ajuda-los a melhorar a saúde e encontrar o verdadeiro equilíbrio. Fique a vontade em expor sua opinião.

Todos nós já sabemos da importância das gorduras em nossa alimentação. Há uns tempos atrás, a gordura saturada era totalmente “marginalizada” e colocada como a GRANDE vilã da alimentação. Mas não é bem assim, pessoal. Todos os tipos de gordura, com exceção da gordura trans, são importantes para a nossa saúde. Umas em maiores quantidades e outras menos, mas necessárias.

Todo óleo é fonte de gordura e cada grama desse nutriente fornece 9 calorias. Mais que o dobro de 1 grama de carboidrato ou proteína, que fornecem 4 calorias. Ou seja, a gordura fornece muitas calorias e esse é o primeiro motivo para você controlar a quantidade ingerida em seu dia a dia. Agora, como escolher o melhor óleo para eu usar na cozinha?

Para fazer essa escolha você deve se perguntar o seguinte:

1) de onde o óleo veio?

2) como vou usa-lo?

Vamos falar dos óleos mais utilizados na cozinha dos brasileiros: milho, girassol, soja, canola e azeite.

Quando você pega uma azeitona com a mão e espreme, sente que tudo fica oleoso, certo? Esse seria o exemplo perfeito (e mais simples) para explicar o processo de extração a frio. Nele não há aquecimento! O alimento é prensado e seu óleo ou suco é extraído de maneira natural. O resultado do processo é um óleo lotado de nutrientes e em seu estado mais puro. O azeite de oliva extravirgem é o fruto desse processo.

Depois que sai a primeira leva de óleo da azeitona, elas são submetidas a mais pressão e calor. Dessa forma surge o azeite de oliva virgem. Ou seja, o azeite de oliva virgem é a segunda leva da azeitona que já foi prensada.

Bom, pensar nisso usando a azeitona como exemplo é fácil. Tente imaginar agora a soja, o milho ou a canola. Você pode até tentar apertar e extrair algo, mas não vai conseguir. Para extrair o óleo dessas fontes vegetais a indústria utiliza alguns “artifícios” que podem prejudicar a saúde. Além disso, grande parte de suas propriedades são perdidas nesse processo. Seria tudo lindo se os os óleos vegetais fossem realmente o que prometem! Mas devemos levar em consideração de onde vieram e como foram feitos.

Para durar mais na prateleira e não ficarem com aspecto rançoso, os óleos vegetais passam por um processo de desodorização (retiram seu odor), refinamento e descoloração. Quer dizer, se não fosse por isso, em 10 dias você teria um óleo extremamente rançoso e com forte odor em sua casa.

A polêmica do óleo de canola

A pergunta que todos fazem quando se fala na canola é: de onde veio essa planta?! Ela existe?

Na verdade, CANOLA é uma sigla e quer dizer CANADIAN OIL LOW ACID. A canola é derivada de uma planta chamada COLZA, que possui altos níveis de ácido erúcico, uma substância extremamente tóxica para o ser humano. Ao ser geneticamente modificada, parte desse ácido é retirada e daí surge a canola. É rica principalmente em gorduras mono e poliinsaturadas, ótima fonte de ômega-3, vitamina E e vitamina K. CALMA!

Tudo seria maravilhoso se não fosse a informação a seguir:

Até chegar a sua casa, o óleo de canola passa por processos que envolvem altas temperaturas e o uso de produtos químicos de segurança questionável. Ele realmente pode fornecer ácidos graxos Ômega-3, se não fosse o processo de desodorização que mencionei acima, que remove grande parte desses ácidos graxos benéficos, transformando-os em gordura trans, prejudicial ao nosso organismo.

Sou a favor do equilíbrio. Não precisa pirar! Se você vai a um local em que a comida foi feita com óleo de canola, mas não utiliza em casa e não consome com frequência, sem problemas. Porém, se usa todos os dias e em grandes quantidades, isso pode trazer sérios danos a suas células e tecidos. Ao expor o seu corpo a oxidação, conhecida popularmente como “ranço” quando se fala de óleos, você aumenta a chance de desenvolver  doenças degenerativas e inflamatórias. O excesso de inflamação no organismo pode provocar artrite, Parkinson, obesidade, transtornos do humor, entre outros problemas de saúde.

Como vou usar o óleo?

A forma como você cozinha um alimento muda drasticamente sua ação em seu organismo. O óleo que você escolher para cozinhar deve ser estável o suficiente para resistir a altas temperaturas sem sofrer alterações químicas. Os óleos vegetais, como de milho, girassol e canola, são menos estáveis a temperaturas mais altas e sua composição é alterada, o que os torna prejudiciais a saúde. Quanto mais tempo lá fritando, mais prejudicial.

Qual seria uma boa alternativa de óleo para minha cozinha?

O óleo de coco é uma boa escolha por já ser uma gordura saturada, ou seja, sua composição não é alterada mesmo quando submetido a altas temperaturas. Em quantidade moderada, é um alimento MUITO benéfico por diversos motivos: protege nosso organismo do ataque de parasitas, vírus, bactérias e fungos, tem ação anti-inflamatória, fornece energia rápida (possui um tipo de gordura que não se acumula em nosso organismo) e ainda tem efeito termogênico, o que beneficia o seu metabolismo. Outra boa alternativa para a cozinha é a manteiga, de preferência a manteiga clarificada, também estável a altas temperaturas.

Existem 2 tipos de óleo de coco no mercado: o refinado e o extravirgem. Apenas o extravirgem oferece os benefícios esperados. Prensado a frio, ele preserva as propriedades terapêuticas e nutricionais do óleo de coco. Você pode encontrar em alguns supermercados e em lojas de produtos naturais.

Quanto ao azeite, indico na salada ou em finalização de pratos, sem aquecimento, para manter suas propriedades.

Leia mais, informe-se e principalmente, sinta o seu corpo. Não se torne paranoico ou paranoica, mas também não descuide de sua alimentação. Tudo em excesso faz mal e isso é um fato! Não é porquê o óleo de coco é bom que você deve usa-lo em demasia, em exagero. Encontre seu equilíbrio e viva feliz, porque se tem uma coisa que deixa a gente bonito e saudável é um sorriso no rosto.

Com amor e saúde,

Giovana Morbi

12 Comentários

  1. por suzi - 24 de agosto de 2015  15:47 Responder

    Nossa. Parabens muito informativo mesmo seu Post,agora sim ,sei a diferença de cada um deles,bjs !

    • por giovana - 24 de agosto de 2015  19:39 Responder

      Que bom que te ajudou lindona! Fiquei feliz =D
      Beijão,
      Giovana Morbi

  2. por Marcio Fernando - 25 de agosto de 2015  16:51 Responder

    Giovana, boa tarde. Posso considerar uma boa opção fazer os alimentos com a banha do torresmo de porco? Pois isso na época de meus avôs inclusive com minha mãe até um determinado tempo era muito usado e não se falava em tantas doenças graves como nós temos informações hoje! Você pôde deixar sua opnião a respeito desta alternativa, pois, isso era processado em nossas casas fazendo o torresmo.

    • por giovana - 26 de agosto de 2015  10:04 Responder

      Oi Marcio,

      Assim como a manteiga e o óleo de coco, a banha do porco é fonte de gordura saturada. Em quantidade moderada, é mais saudável do que óleos vegetais pelo mesmo motivo: sua composição não sofre alterações químicas quando submetida a altas temperaturas. Dessa forma não há a produção de substâncias nocivas ao nosso organismo. Eu recomendo!

      Beijos,
      Giovana Morbi

  3. por Jeso Nepomuceno - 26 de agosto de 2015  7:35 Responder

    Obrigado pela dicas, já bateu com as de outros profissionais da área que o óleo de cocó é o ideal

    • por giovana - 26 de agosto de 2015  10:07 Responder

      Que bom que gostou!

      Beijos,
      Giovana Morbi

  4. por iron deverson buriti - 26 de agosto de 2015  11:55 Responder

    Muito bom gostei

    • por giovana - 26 de agosto de 2015  16:30 Responder

      Que bom que gostou Iron!!

      Beijão,
      Giovana Morbi

  5. por Renata - 26 de agosto de 2015  12:13 Responder

    Gi, gostaria de agradecer pelos esclarecimentos e fazer uma pergunta. É necessário derreter o óleo de coco em banho maria toda vez que for utilizá-lo na preparação da comida ou posso colocá-lo direto na panela, aguardar um pouco para que fique líquido e assim poder cozinhar normalmente?

    • por giovana - 26 de agosto de 2015  16:31 Responder

      Imagina linda, fico feliz em ajudar!
      Não precisa derreter em banho-maria. Pode colocar um pouco na panela e esperar ficar líquido!
      Beijão,
      Giovana Morbi

  6. por Ana Carolina - 20 de janeiro de 2016  19:53 Responder

    Muito bom! Adorei o site!

    • por giovana - 21 de janeiro de 2016  16:42 Responder

      Oiii linda!

      Fico feliz que tenha gostado!

      Um super beijo,
      Giovana Morbi

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