Por que consumir alimentos “light” pode não ser uma boa opção?

Olá pessoal!

Vivemos hoje a era da informação. Mas o engraçado disso tudo é que na era da informação, nunca fomos mais desinformados. São tantas informações contraditórias que as pessoas ficam cada vez mais confusas e perdidas. O que dizer do marketing por trás dos produtos que se dizem saudáveis? Concordo que nos tempos em que vivemos a falta de tempo é uma reclamação sempre em conversas sobre alimentação. Mas seria mesmo falta de tempo ou falta de coragem de arregaçar as mangas e ir para cozinha? Eu sou uma pessoa que trabalha (muito!), tenho casa e marido para cuidar, mas mesmo assim não abro mão de fazer minha própria comida com alimentos frescos e naturais. Tenho prazer em fazer isso, pois é uma forma de me tratar bem, quase um carinho… Posso afirmar com propriedade que em 15 minutos faço uma comida deliciosa e saudável. O segredo disso está na organização. Em minhas visitas ao mercado já vou com tudo que preciso anotado. Chego em casa e faço o pré-preparo de tudo: na geladeira, sempre tem folhas lavadas e legumes para uma boa salada. O frango/peixe já fica limpo e cortado e os temperos estão sempre prontos me esperando. Faço disso um ritual, que me proporciona bem-estar e relaxamento.

Comida de verdade! Faça esse carinho em você…

Junto com a era da informação, veio a era do” comodismo”. E aí você pensa: “poxa, mas eu prefiro comer uma barra de cereal a uma coxinha da padaria”. Acho válido a utilização dos industrializados, desde que utilizemos com consciência e moderação, como tudo na vida. Mas não se engane! Não ache que a barrinha de cereal, com mais de 20 ingredientes é o melhor que pode oferecer ao seu corpo. É uma opção de alimento, mas está longe de ser a mais saudável. Simples assim.

Vamos parar de classificar os alimentos como “bons” ou “ruins”. Isso é muito ultrapassado! Nada em quantidades moderada faz mal. Obviamente que se você comer MUITAS barrinhas de cereal, todos os dias, constatará pelo exame de sangue que sua saúde certamente será afetada. Ou não. Sabe por que? Porque cada organismo reage de um jeito a uma alimentação. Tem pessoas que comem de tudo e não apresentam colesterol alto, hipertensão ou diabetes. Outras, que não comem de tudo, podem apresentar o problema. A ciência da Nutrição não é exata e não existem regras. O que faz bem para você, pode ser muito ruim para mim, e vice-versa. O que sempre defendo é a alimentação mais natural possível.

Mas se eu não comer industrializados, o que comerei? Arroz, feijão, batata, legumes, castanhas, amêndoas, morango, laranja, limão, abacaxi, couve, iogurte natural, cereais, mel, aveia… E assim vai… Alimento é o que não falta!

Temos que ter a mão opções de alimentos industrializados mais saudáveis, mas com a consciência de que os alimentos em sua forma natural são as melhores escolhas. Quer um exemplo? Em vez de comer uma barrinha cheia de substâncias químicas que nem sabemos o que são no rótulo, por que não fazer seu mix de nuts? É fácil misturar algumas castanhas e frutas secas em um pote e levar fechado na bolsa, não é? Então por que não fazer? Pense o seguinte: se você não identificar o ingrediente do rótulo, seu organismo também não saberá como processar aquilo. Essas substâncias químicas afetam todo o funcionamento do cérebro, que fica perdido diante de tantas substâncias não identificadas. O resultado é uma série de desequilíbrios físicos e psicológicos. Veja o caso da manteiga: por tanto tempo foi colocada como a vilã de todas as dietas e na verdade, não é! Estudos atuais mostram que o grande erro da nutrição foi retirar de forma drástica a gordura saturada da alimentação. E vejam que interessante: mesmo com a recomendação de retirar a gordura saturada da dieta, nunca houve tantos casos de morte por doença cardiovascular. Será um erro retirar este nutriente de forma tão radical? Certamente! Todos os alimentos desempenham funções importantes em nosso organismo e mesmo que pareça clichê, o segredo está no equilíbrio.

Agora veja o caso dos alimentos diet/light: esta preocupação sem fundamento com a gordura, fez com que a industria se adaptasse as necessidades dos clientes. Preocupados com a ingestão deste nutriente, os consumidores queriam opções com menos calorias e menos gordura, pois a mídia dizia que para ser saudável, era necessário se alimentar desta maneira. Pois bem, nem tudo que você lê em jornais, revistas, redes sociais ou vê na TV é verdade. O que acontece quando você tira a gordura de um alimento? Fica sem gosto, horrível! Pois bem, para dar sabor a esses alimentos, as industrias adicionam açúcar, os xaropes da vida, amido modificado, etc. Bingo! Os produtos ficavam com um sabor agradável, menos calorias, menos gordura e mais carboidrato. Dessa forma, aumentamos a quantidade de carboidrato e reduzimos a quantidade de gordura da dieta. O açúcar é adicionado a quase todos os industrializados para mascarar a falta de gordura, mas o consumo excessivo dessa alimento é que leva ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, resistência a insulina, doenças inflamatórias. aumento do colesterol e assim vai…

Light? Nem tanto…

Isso não quer dizer que você deva cortar todo o açúcar e se alimentar apenas de gordura. NÃO! Isso quer dizer que nenhum alimento, quando consumido de forma adequada, faz mal e não  deve ser cortado drasticamente da dieta sem o acompanhamento de um profissional. Você pode sim comer sua manteiga sem o risco de ter problemas no coração ou ganhar peso e a ciência tem provas concretas sobrm isso. Com a quantidade certa e moderação, vivemos bem e felizes! Mas vamos ficar atentos aos rótulos dos alimentos e não nos enganar com a promessa dos falsos saudáveis.

Com amor e saúde,

Giovana Morbi

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