Come bem e não fica satisfeito? Então LEIA!

Olá pessoal!

No post de hoje vou falar sobre pessoas que comem bem, mas nunca ficam satisfeitas. Qual o problema?

Quanto você deve comer?

Falar em quantidades de uma forma geral é bem complicado. Isso varia de acordo com o corpo de cada um, genética, metabolismo, idade, atividades do dia-a-dia, etc. Impossível especificar o quanto uma pessoa deve comer sem conhecer sua rotina a fundo. Por isso uma consulta nutricional costuma demorar um pouco mais… É preciso saber detalhes da vida de uma pessoa para fazer um planejamento alimentar adequado a ela.

Comer para perder

Quando se fala em emagrecimento a primeira coisa que as pessoas pensam é em RESTRIÇÃO ou pequenas porções. “Preciso fechar a boca!” é o que todos dizem quando querem reduzir o peso. Mas não é bem assim que funciona. Acho interessante quando passo um plano alimentar e o cliente se assusta: “Nossa, mas vou comer tudo isso?”.

Um erro comum que, ao contrário do que pensam, dificulta o emagrecimento é comer pouco. Com medo de ganhar mais peso o indivíduo reduz drasticamente a quantidade de comida e corta todo e qualquer tipo de carboidrato, principalmente.

Sem as vitaminas e minerais adequados seu corpo não funcionará bem e não terá “força” suficiente para eliminar o excesso de gordura. O emagrecimento é natural! Nosso corpo sabe bem quanto deve pesar e o quanto devemos comer para mantê-lo, mas essa regulação natural só acontecerá se tudo estiver trabalhando em perfeita harmonia. Se isso não acontecer, o seu organismo vai “segurar” a gordura e dificultar a perda de peso, já que a gordura nada mais é do que uma forma do corpo se proteger do que considerar uma agressão.

Por que como muito e não me sinto satisfeito (a)?

 É realmente frustrante “bater um pratão” de comida e dali a pouco sentir fome novamente. Isso pode acontecer por 3 motivos que vou listar a seguir.

1- Os nutrientes não estão sendo totalmente absorvidos

Imagine tentar encher com água uma esponja que está coberta com água e óleo. Você consegue enxergar os buracos da esponja, mas aquela camada de graxa impede que qualquer coisa aconteça. A água simplesmente não entra na esponja por mais que você tente. Pois é, isso pode acontecer com seu intestino.

 Excesso de açúcar, farinha refinada e proteínas animais na dieta criam uma camada no intestino assim como a graxa na esponja que citei acima. Esse revestimento impede que os nutrientes sejam absorvidos e utilizados pelo corpo. Seu organismo entende que está desnutrido e sinaliza fome a todo instante. Ou seja, por mais que você coma bem, nunca se sentirá plenamente satisfeito (a).

2- Excesso de açúcar e resistência a leptina

Se você nunca ouviu falar da leptina, vou tentar te explicar brevemente para que compreenda o que pode acontecer com você ao consumir açúcar em excesso.

A leptina é um hormônio que reduz a fome. Quando estamos satisfeitos o corpo libera a leptina que vai sinalizar ao cérebro “ok, não precisa de mais comida!”. Isso soa como uma ótima receita para perda de peso, certo? O problema é que a maioria dos obesos são resistentes á leptina, com níveis elevados desse hormônio. Ou seja, esses indivíduos liberam tanta leptina ao longo do dia que o corpo cria uma resistência e não recebe a mensagem que está cheio. Resultado: pede cada vez mais comida.

O excesso de açúcar contribui para o aumento dos níveis de leptina no organismo. Quando digo “açúcar” não me refiro apenas ao açúcar branco, refinado. Se você comer muito macarrão, pão, batata, refrigerantes e produtos industrializados ricos em frutose, como xarope de milho, etc., também sofrerá com o mesmo “problema”, já que no fim tudo vira açúcar (glicose) na corrente sanguínea. Por isso a troca desses alimentos pela versão integral é tão interessante: as fibras impedem que o açúcar caia como uma bomba na corrente sanguínea e assim evita picos dos níveis de açúcar no sangue, a famosa glicemia.

Ao reduzir esse tipo de alimento da sua rotina uma das primeiras coisas que notará é que sua fome não será mais descontrolada. Você se sentirá mais calmo (a) e satisfeito (a) naturalmente e também notará sua disposição melhorar, além do nível de energia ficar mais estável, sem quedas durante o dia.

3- Sua refeição está pobre em fibras

Você tem reparado no que coloca no prato na hora da refeição? Come salada, legumes, frutas no seu dia? Se você enche o prato de arroz, macarrão, frituras, carne, mas esquece dos alimentos vegetais, pode colocar uma tonelada de comida no prato que logo estará com fome novamente.

Se vocês virem o meu prato… É gigante! Mas rico em alimentos com poucas calorias e muitas fibras e água, o que proporciona saciedade por um longo período. Ou seja, quanto mais alimentos vegetais, mais volume e menos calorias na refeição. Esse é um ponto bem importante porque além desse fato, há também a questão das vitaminas, minerais e a capacidade que esses alimentos têm de “limpar” e estimular nosso intestino.

Com o intestino saudável, sem aquela camada que comparei com a graxa da esponja, você vai absorver melhor os nutrientes, o que vai contribuir para reduzir essa sensação de fome sem fim.

E o último ponto, mas não menos importante: beba água! A sensação de sede pode ser confundida facilmente com a sensação de fome. Fora que sem água, as fibras não funcionam como deveriam, certo?

Preste atenção em seu corpo e nos sinais que ele te envia. Ao fazer isso poderá começar a tomar atitudes que vão melhorar sua qualidade de vida. Espero que esse post te ajude de alguma maneira!

Com amor e saúde,

Giovana Morbi

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.