A pior gordura que você pode usar na cozinha

Olá pessoal!

Como passaram o final de semana? Espero que muito bem!

Antes de começar o post de hoje, quero falar algumas coisas para você, meu leitor ou leitora.

Se você está lendo essa matéria agora é porque já começou a se interessar por um estilo de vida mais saudável. O que te levou a isso eu não sei, mas estou muito feliz em saber que sua cabeça já está mudando em relação a esse assunto.

Sabe de uma coisa? O ser humano tem um problema que o atrapalha em muitas situações: achamos que nada acontecerá conosco. Nos achamos verdadeiros super-heróis. Até qua algo ruim acontece e pensamos: “Poxa, eu tinha tudo em minhas mãos para mudar e não fiz nada. Agora já estou com o colesterol e glicemia alterada, isso sem falar pressão alta e preciso de uma dieta super rígida para que isso não afete minha saúde de maneira definitiva”.

Pra que esperar te acontecer alguma coisa para mudar de vida? A maioria das pessoas VIVE se sentindo mal. NÃO É NORMAL SE SENTIR MAL, SENTIR DORES! Não se acostume com isso! Emagrecer não deve ser sua maior motivação, sabe por que? Porque na SUA cabeça, você consegue se controlar com a comida a qualquer momento, basta “querer de verdade”. O plano de emagrecer sempre fica para depois, afinal nos acomodamos com as situações. Mas é nessa que a maioria das pessoas se perde… Assuma: ” Não consigo me controlar com comida. É um problema que tenho! “. Admitir o problema é o primeiro passo para que você saia da zona de conforto. Tudo fica muito mais fácil quando você ADMITE que precisa de ajuda.

Quero que fique claro: não estou dizendo que quem não consegue fazer mudanças na alimentação é “culpado” ou “fraco”. De forma alguma! Geralmente nossos comportamentos alimentares da fase adulta refletem nossa história e concordo que é difícil mudar. Sim, é! Mas reflita qual a SUA maior dificuldade, admita o problema para si mesmo, encontre uma motivação MAIOR que o corpo ideal e se dê a chance de mudar para melhor. Não tenha medo de uma versão melhorada de si mesmo!

Eu sempre digo a vocês que não acredito em mudanças e dietas radicais. Não acredito porque TENHO CERTEZA QUE NÃO FUNCIONAM.

A maioria das pessoas em que vi resultados duradouros em relação ao peso e saúde mudou a forma de pensar em relação suas escolhas alimentares. É uma questão de consciência mesmo… Elas não deixaram de comer o que gostavam, apenas sabiam como equilibrar tudo. Quando você conhece o seu corpo e entende melhor sobre os nutrientes e como tudo funciona (isso você só aprende com uma nutri), fica BEM mais fácil levar o peso e a alimentação numa boa.

Essas mudanças não acontecem de uma hora para outra, mas você pode ter bons resultados na saúde apenas com pequenas trocas em sua cozinha, por exemplo. Hoje vou falar sobre um tipo de gordura que não recomendo e que não vejo vantagem nenhuma no consumo: a margarina.

Não fique triste se você não dispensa um pão com margarina. No final do texto te darei uma opção saudável e tão saborosa quanto ela. Leia até o final!

Você sabe o que é OXIDAÇÃO?

A oxidação acontece quando a matéria se liga ao oxigênio e “enferruja”. Mas como um alimento, que não é de metal, pode enferrujar? Vemos (e comemos) alimentos enferrujados todos os dias.

Quando fritamos algo, o óleo usado escurece, já percebeu? Quando cortamos uma maçã e só comemos uma metade, a outra escurece. Com as batatas acontece o mesmo. Tudo isso nós podemos atribuir a esse processo chamado de oxidação (que nada mais é que o efeito do oxigênio do ar). Qual o efeito disso em nosso corpo? Veja a seguir!

O que acontece quando comemos alimentos oxidados ou “enferrujados” ?

Quando um alimento oxidado entra em nosso organismo, criam-se radicais livres. Graças a quantidade de informações que recebemos a respeito de saúde hoje em dia, muitas pessoas já sabem que os radicais livres destroem o DNA das células e assim, podem causar câncer e outras doenças.

Apesar de serem tratados como verdadeiros vilões da saúde, os radicais livres também são importantes para nosso organismo. A função deles é matar vírus, bactérias e suprimir infecções. Porém, quando o número de radicais livres ultrapassa um determinado nível, o DNA das células saudáveis são destruídos. Ou seja, em excesso, os radicais livres podem levar ao desenvolvimento de doenças. Ao comer alimentos oxidados, como frituras ou excesso de industrializados ricos em gordura todos os dias, você aumentará a quantidade de radicais livres em seu corpo e poderá desenvolver problemas de saúde.

Os alimentos oxidados não são os únicos que produzem radicais livres. Álcool, poluição, tabaco e estresse são outros fatores que aumentarão os níveis dessas substâncias em seu organismo.

O alimento que mais sofre oxidação

O alimento que mais sofre oxidação é o óleo.

Na natureza os óleos são encontrados nas sementes de algumas plantas. Os mais conhecidos na cozinha são o óleo de canola, girassol, gergelim, milho, azeite, etc. Antigamente o óleo era extraído por um processo de prensagem a frio, mas são poucos os fabricantes que utilizam esse método atualmente.

Hoje em dia, a maior parte dos óleos é produzida por um método que utiliza como solvente uma substância chamada hexano, que aquece a matéria-prima. O óleo é extraído com a evaporação desse solvente por meio de alta pressão e calor.

E por que utilizam esse método? Esse tipo de processo reduz a perda de óleo (se produz mais de uma só vez) e o uso de calor reduz a alteração da qualidade do óleo (isso quer dizer que aumenta o tempo de prateleira, assim fica lá no mercado mais tempo).

E qual a desvantagem desse método em relação aos óleos prensados à frio? Esse método de extração do óleo transforma os ácidos graxos polinsaturados (esse tipo de gordura que é benéfica ao organismo) em ácidos graxos trans, mais conhecidos como gorduras trans, elemento prejudicial a saúde.

A gordura trans NÃO EXISTE NA NATUREZA. Esse tipo de gordura aumenta os níveis de colesterol ruim e reduz o nível do colesterol bom. O consumo excessivo e frequente de gordura trans pode contribuir para o desenvolvimento de câncer, hipertensão, doenças cardiovasculares e outros problemas de saúde.

Um dos alimentos que contém o mais alto teor de gordura trans é a margarina.

Muitos acreditam que os óleos extraídos dos vegetais, como a margarina que não contém colesterol em sua composição, é melhor para o organismo que a gordura animal encontrada na manteiga. Porém, isso é um erro. A verdade é que a margarina não é um bom alimento para se ter com frequência na rotina alimentar. Não estou dizendo que você nunca mais poderá comer margarina, mas se fizer dela sua companheira diária do pão no café da manhã, sua saúde poderá ser afetada no futuro.

Os óleos vegetais permanecem na forma líquida em temperatura ambiente (é só observar o óleo de milho, girassol…), por causa dos ácidos graxos INSATURADOS presentes em sua composição. Com as gorduras animais acontece o oposto: a gordura saturada presente em grandes quantidades faz com que se solidifiquem em temperatura ambiente (no caso, a manteiga é dura). Agora, a margarina, mesmo sendo derivada de um óleo vegetal, permanece sólida em temperatura ambiente, exatamente como a manteiga. Estranho, né?

Como a margarina é obtida?

A margarina é obtida por meio da hidrogenação (já viu no rótulo: gordura vegetal HIDROGENADA). Ou seja, a margarina é obtida por meio de um processo artificial que acontece assim:

O processo de produção da margarina começa com a extração química do óleo vegetal, que por si só já tem gordura trans. Em seguida, adiciona-se hidrogênio, que transforma os ácidos graxos insaturados em saturados. Ou seja, a margarina tem o “pior” dos 2 mundos: a gordura trans proveniente da extração química do óleo e a gordura saturada, encontrada naturalmente na gordura animal.

Mas e agora? Não dispenso margarina no pão!

Então você tem 3 alternativas:

  • Substituir a margarina pela manteiga. No caso, deve-se usar a sem sal ou  a manteiga clarificada, ainda mais saudável (farei um post especial sobre ela).
  • Diminuir a frequência do consumo: comer um pão com margarina de 2 a 3 vezes na semana inicialmente e ir diminuindo a quantidade aos poucos;
  • Contar com a sorte e continuar comendo margarina em boas quantidades no café da manhã e lanche da tarde e torcer para não aparecer nenhum problema de saúde.

Quero deixar outra coisa clara: não é UM alimento que te causará uma doença, certo? Ou seja, se amanhã ou depois você tem um problema no coração, não foi APENAS a margarina. Porém, quem come margarina em quantidades abundantes, provavelmente não cuida da alimentação ao longo do dia (pelo menos na maioria dos casos). Esse conjunto de fatores é o que poderá levar ao aparecimento de doenças. A margarina seria apenas mais uma parte do quebra-cabeça da saúde, certo?

Espero que esse post te ajude… Boa semana para todos nós!

Com amor e saúde,

Giovana Morbi

8 Comentários

  1. por Regina Celia Mongelli - 29 de fevereiro de 2016  19:33 Responder

    sensacional post Nutri 10! jamais como margarina aqui em casa só compramos Becel e o Becel Pro Active que vc acha? muito obrigada beijos

    • por giovana - 2 de março de 2016  16:59 Responder

      Oiii Re, sua linda!!

      Acho que você pode substituir pela manteiga clarificada. Sexta darei a receita!! Um super beijo no coração!
      Giovana

  2. por Lú Figueirêdo - 2 de março de 2016  0:01 Responder

    Nossa que exelente matéria, parabéns Gi, bjs.

    • por giovana - 2 de março de 2016  17:01 Responder

      Lu, sua linda!!!

      Obrigada por sempre deixar esses comentários tão carinhosos... fico MUITO feliz!

      Super beijo,
      Giovana Morbi

  3. por Claudia Marques de Oliveira - 5 de março de 2016  10:29 Responder

    Amei a sua explicação..... Obrigada linda!!!!!

    • por giovana - 7 de março de 2016  13:58 Responder

      Que bom, minha linda. Fico muito feliz em te ajudar!

      Super beijo,
      Giovana Morbi

  4. por Luana Andrade - 9 de março de 2016  20:47 Responder

    Qual o melhor óleo pra se usar? eu compro de canola. E o azeite? pode usar para fazer fritura ou grelhar algum alimento, ou é melhor usá -lo apenas em saladas?

    • por giovana - 10 de março de 2016  13:31 Responder

      O de canola seria maravilhoso e perfeito se não fosse o processo de industrialização pelo qual passa. Mas é bom, desde que com moderação. Não é muito bom usar óleo na cozinha... O melhor é ingerir os alimentos naturalmente ricos em gorduras, como sardinha, salmão, atum e também as oleaginosas, o abacate, etc.. Quanto ao azeite, ele oxida fácil em altas temperaturas. Pode usar para fazer preparações que não fiquem TANTO tempo no fogo, mas o melhor é utiliza-lo na finalização de pratos ou saladas para aproveitar todos os seus benefícios. Espero ter te ajudado! Beijão!

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